A Covid-19 veio e trouxe um impacto enorme para a economia, sendo que setores como o de turismo, de eventos e de esportes foram alguns dos mais atingidos.
O futebol, que é a paixão nacional, perdeu espaço em 2020 para preservar jogadores e torcedores contra a pandemia. Assim, os times de futebol brasileiros sentiram arduamente no bolso os estádios vazios: equipes como Flamengo e Corinthians apontam que as arrecadações com bilheteria foram em torno de 20% das projeções efetuadas para o ano passado.
Tudo isso comprometeu o orçamento das equipes, com potencial perda de jogadores e até extinção de alguns times. Nesse cenário, pensar fora da caixa tornou-se uma necessidade vital. Eis que, então, a tecnologia surgiu como uma possível aliada ao trazer uma maneira extremamente inusitada de aumentar as receitas dos times de futebol: a utilização de criptomoedas e blockchain como formas de monetizar torcedores fiéis e atrair investidores para o esporte, que é um dos mais populares do mundo.
Pode parecer um pouco teórico ou sem conexão, mas a ideia já pegou e tem gerado bons resultados para alguns times. Clubes como Juventus (Itália), Barcelona (Espanha) e PSG (França) já estão explorando o uso comercial da blockchain e estão apresentando ótimos resultados. Mas, como tudo isso funciona?

Como os times de futebol estão utilizando a tecnologia blockchain para ganhar dinheiro e engajar torcedores?
Existem 3 principais formas que os times têm utilizado a blockchain e explorado seus potenciais de ganho.
Conheça mais:
Na forma de Fan Tokens
Tokens são utilizados nas blockchains próprias como o registro de um ativo em caráter digital. Ou seja, tratam-se de uma espécie de valor monetário que é utilizado para efetuar a troca por algo.
Com base no conceito, foram criados os fan tokens, que têm como utilidade permitir que os torcedores possam se engajar mais ainda com o seu time de futebol do coração.
Quem adquire um fan token tem acesso a benefícios únicos de uma maneira bem fácil: por meio de aplicativos ou sites, os quais oferecem votações e conteúdos exclusivos. Ao possuir um fan tokens, a pessoa pode interagir com a equipe, ter acesso ao banco de reservas e receber prêmios exclusivos. É a possibilidade de se tornar um superfã, e ter uma conexão ainda maior com aquele time do coração.
Os fan tokens funcionam como “fungíveis” – ou seja, eles permitem a troca por alguma mercadoria ou experiência.
Contratos de jogadores por meio de blockchain
Há a aposta de que, em um futuro próximo, grande parte das negociações para compra e venda de jogadores de futebol aconteça por meio de criptomoedas. David Barral, atacante que começou sua carreira no Real Madrid, teve seu nome noticiado em diversos jornais por ser considerado o primeiro jogador da história a ter sua transferência paga com criptomoedas. A transferência aconteceu no começo de 2021.
Os clubes e jogadores têm apostado na blockchain – com destaque para a Bitcoin, a mais famosa do mundo – como uma forma vantajosa de recebimento de valores. Principalmente pela grande valorização que a criptomoeda tem apresentado nos últimos anos.
Investimento conforme performance de jogadores
Em iniciativa inédita no Brasil, o Vasco firmou parceria com a Mercado Bitcoin referente a um percentual de mecanismos de solidariedade sobre 12 jogadores vendidos e com grande potencial no mundo do futebol. Esse mecanismo é uma bonificação que a Fifa oferece como forma de incentivar os clubes a formarem atletas – assim, os clubes que o atleta passou até completar 23 anos podem receber até 5% do valor total de cada transferência internacional.
Mercado Bitcoin vai patrocinar o Corinthians até o fim de 2022 e terá marca na camisa
Em meio aos festejos pelos seus 111 anos de vida, o Corinthians Paulista anunciou o Mercado Bitcoin como seu novo patrocinador. Em acordo válido até dezembro de 2022, a plataforma brasileira de negociação de criptoativos vai estampar sua marca na barra frontal da camisa do time.
O Mercado Bitcoin é a maior exchange latino-americana, e no início deste ano se tornou o primeiro unicórnio do setor de criptoativos no Brasil, ao receber aporte de 200 milhões de dólares do Soft Bank, que avaliou a empresa em pouco cerca de 2 bilhões de dólares.
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